sexta-feira, 9 de julho de 2010

Procura-se um Marido



Procura-se um marido

Escritora egípcia entra no filão das comédias românticas para mulheres de 30 anos e conta a saga de Bride, uma egípcia, farmacêutica, independente financeiramente, mas que ainda não arrumou um marido.

Claudia M. Abreu, de Roma claudia@agenciameios.com.br

Roma - Encontrar um marido no Egito aos 30 anos. Esta é a missão de Bride, protagonista do livro Che Il velo sia da sposa (Que o véu seja de esposa), da escritora e farmacêutica egípcia Ghada Abdel Aal, traduzido recentemente para o italiano, pela editora Epoché, e sucesso de venda nas livrarias do país, com direitos de publicação comercializados também para Alemanha e Inglaterra, mas ainda sem tradução para o português. Por meio de um divertido relato sobre os pretendentes que aparecem na sala da família de Bride, a escritora desenha um retrato atual da mulher na sociedade egípcia.


Claudia Abreu/Agência Meios Claudia Abreu/Agência Meios


Os dilemas de uma balzaquiana, formada em Farmácia, para arrumar um marido no Egito, estão no livro de Ghada Abdel Aaal

Tudo começou com um blog escrito em árabe (http://wanna-b-a-bride.blogspot.com), em 2006, idealizado pela escritora para encontrar amigos e dividir histórias. Era escrito com o pseudônimo Bride, esposa em inglês. Ghada tinha perdido a mãe e toda a sua família começava a se mobilizar para encontrar um bom marido para a moça. “Me apresentavam todos os tipos de pessoas”, disse Ghada, em entrevista à TG3 italiana.

 Aos poucos, post após post, a escritora percebeu que o seu dilema era comum a tantas outras moças no Egito, país que tem mais três milhões de mulheres entre 30 e 35 anos solteiras. Os seguidores do blog chegaram a 500, sempre ativos, publicando comentários. Hoje são mais de 600.

Ghada diz que, no início, tinha medo da reação das pessoas aos textos do blog, que eram divertidos, engraçados, mas também muito reflexivos. O Egito tem enfrentado uma dura crise econômica, que, como todas as crises, reflete nos hábitos e costumes da sociedade. As taxas de desemprego, por exemplo, são altas, superiores a 10% da população, e cerca de 20% vive abaixo da linha da pobreza.

Sem condições financeiras para manter uma casa, boa parte dos homens na faixa dos 30 anos não se arrisca, mora com os pais e não se casa. Se para eles pode ser até confortável, para as mulheres, na mesma faixa etária, a situação é sinônimo de fracasso pessoal.

Com as expectativas de casamento em baixa, somada à situação financeira das famílias do Egito, investir na profissão passou a fazer parte do cotidiano das mulheres de 30 anos que, cada vez mais, se dedicam ao trabalho e à formação universitária.

Segundo Ghada, formada em Farmácia, portanto doutora no Egito, é muito comum encontrar mulheres que trabalham fora, ganham mais do que os homens e não abrem mão da carreira e, claro, do uso da Internet. Fato que aparece nas perguntas da mãe de Bride para o futuro marido da filha: “E quanto ao trabalho? E à Internet?”. E um dos motivos do sucesso do blog, que abriu as portas para o livro de Ghada, que já vendeu 2.000 cópias na Itália.

Os pretendentes

A escritora, comparada à Helen Fielding - autora de Bridget Jones, de 2001, livro que virou filme - na mídia italiana, diz que não foi influenciada pela autora inglesa. Também não assistiu a série Sex and the City, da americana Candace Bushnell ou leu Comer, Amar e Rezar, de Liz Gilbert.

Começou a escrever simplesmente para contar a sua experiência e ouvir que não era “uma estranha que não conseguia encontrar um marido”. “Eu não esperava tanto sucesso, sinal de que precisávamos de uma voz que dissesse o que nós, mulheres árabes de 30 anos, sentimos (em relação à questão do casamento)”, disse a escritora à TG3.

No livro, Bride descreve 10 pretendentes, reunidos da experiência de Ghada, das suas amigas, e das seguidoras do blog, e os amigos da família, como tia Ficcanaso e tio Disco, que tentam, desesperadamente, encontrar um marido para a protagonista.

Do primeiro, um doutor homeopata, que depois vira um imitador de personagens famosos e se veste “como um arco-íris, com todas as roupas do varal”, passando pelo ladrão, que corteja Bride apenas para lhe roubar a carteira dentro do ônibus, até o baixinho, muito baixinho que “parecia um desenho animado” e que apaga todas as luzes da casa, por questões econômicas, e acende velas, irritando profundamente o pai de Bride, ao último, Imed “o Belo”, que vive em Londres, é casado, mas sua mãe quer que se case com uma egípcia, “pois assim, poderá voltar para casa a cada três meses”, Ghada descreve o comportamento de cada um deles, envolvendo o leitor na corrida da protagonista pelo casamento.

Depois do décimo, Bride decide parar um pouco com a busca frenética, mas uma amiga do trabalho, Noha, encontra um namorado. “Não é um rapaz bruto, só é magro como um junco, as orelhas, é claro, brigaram entre elas, mas é uma criatura de Deus”, escreve Bride, com uma tremenda dor de cotovelo, mas também cheia de energia para continuar a corrida, pois, no final, apesar do caminho tortuoso, Ghada, a autora, quer se casar - e deixa isso claro para as leitoras do livro e do blog. Assim como as ocidentais Carry Bradshaw, de Sex and the City, e Bridget Jones. 

Feira Mactech

Feira Mactech
25 a 28 de Novembro de 2010 – Cairo – Egito



A Feira Mactech proporciona às empresas fabricantes o futuro em termos de tecnologia de manufatura no Oriente Médio. Ao participar da feira, a empresa terá acesso aos últimos modelos de ferramentas para máquinas e equipamentos industriais e terão a oportunidade de interagir com os maiores fabricantes mundiais.

A Feira Mactech vem sendo o ponto de conexão entre os fabricantes da Europa, EUA e Leste da Ásia e países importadores do Oriente Médio e África.

A feira consolidou-se como o maior evento anual de fabricantes do Oriente Médio, proporcionando, num mesmo evento, o contato entre compradores, vendedores e consumidores finais de máquinas, ferramentas industriais, equipamentos de soldagem e de corte. 
Os visitantes encontram as mais novas tecnologias e aplicações para fazerem suas operações mais produtivas.  Expositores reúnem-se com fabricantes, com o intuito de renovar seus equipamentos e construir uma relação comercial frutífera.

A Câmara Árabe terá um stand na feira, para as empresas brasileiras exporem seus produtos e realizarem negócios.

Aproveite esta oportunidade! Clique aqui para se inscrever!

Investimento para participar da feira: R$ 3.500,00 (Estande decorado, com recepcionistas bilíngues e todo o suporte técnico do staff da Câmara Árabe).
Condições de participação: As empresas interessadas devem preencher a ficha de cadastro no site da Câmara Árabe. Será feita uma seleção das empresas inscritas, e as selecionadas serão informadas.

Para mais informações, entre em contato:Câmara Árabe - Departamento de Comércio Exterior
Fone: 55 11 3147-4115 – Contato: Nadia Abdallah
E-mail: comex@ccab.org.br

Agência Nacional Brasil Árabe

Sobre a ANBA

A ANBA (Agência de Notícias Brasil-Árabe) foi criada em setembro de 2003, pela Agência Meios, atendendo a um pedido da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A agência nasceu para promover a comunicação entre o Brasil e os 22 países árabes representados pela entidade. Em edição bilíngüe, inglês e português, atualmente é o canal de troca de informação mais importante da Câmara Árabe.

O objetivo principal da ANBA é fomentar as relações entre brasileiros e árabes. O resultado tem sido o crescimento e a geração de novas oportunidades de negócios, o estreitamento das relações culturais e o fortalecimento das relações diplomáticas. Assim, a agência é focada nas áreas de economia, negócios, comércio exterior e de cultura.

O conteúdo da ANBA é produzido por uma equipe qualificada e experiente de jornalistas, apoiada em uma rede de correspondentes em todo o território nacional e em parcerias estabelecidas com órgãos noticiosos dos países árabes. Com duas equipes de produção, uma alocada na sede da própria Câmara Árabe, e outra na Meios, em São Paulo, a ANBA está no ar nas 24 horas do dia.

Além do projeto, a produção e a coordenação jornalística e editorial da ANBA são de responsabilidade da Agência Meios.

Prêmios

A agência já conquistou sete prêmios de jornalismo. Em 2004 e 2005, a equipe da ANBA ganhou o prêmio da Confederação Nacional do Transporte (CNT) na categoria internet. Em 2006, venceu o prêmio da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), na categoria website, e o prêmio da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na categoria online. No mesmo ano, ficou entre os três finalistas da categoria online do Prêmio Massey Ferguson, do qual foi vencedora na edição de 2007.

Ainda no ano passado a ANBA recebeu o Prêmio Especial de Reportagem CNC 25 Anos, na categoria internet, concedido pelo Conselho Nacional do Café (CNC), foi finalista do Prêmio Alexandre Adler de Jornalismo em Saúde, e faturou o Prêmio Embrapa de Reportagem na categoria internet. Em 2008, a ANBA ficou entre os seis finalistas da região Sudeste na primeira fase do Prêmio Sebrae de Jornalis

Fonte: http://www.ccab.org.br/site/